A folia-do-divino (ou bandeira-do-divino) é um grupo de pessoas (ou bandos, ou ranchos) que percorrem as cidades e as zonas rurais, entoando cânticos de louvação e de peditório, carregando um estandarte com emblema religioso.
Angariam toda espécie de donativos para as festas do Divino Espírito Santo, realizadas dez dias após a quinta-feira da Ascensão.
O folclorista Luís da Câmara Cascudo afirma que essas festas ainda existem nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás etc.
O bando se compõe apenas de homens, pertencentes a irmandades católicas que têm o Espírito Santo por patrono: um ou dois violeiros, encarregados dos cânticos, dois meninotes que tocam pandeiros e ferrinhos (triângulos), e às vezes um tocador de caixa; um porta-bandeira, que leva o estandarte em que está representado o patrono, chamado bandeireiro ou alferes-da-bandeira; um irmão encarregado da coleta de donativos, e um grupo de indivíduos que simplesmente integram o rancho.