O maxixe é uma dança urbana surgida nos forrós da Cidade Nova e nos cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro RJ, por volta de 1875. Estendendo-se aos clubes camavalescos e aos palcos dos teatros de revista, enriqueceu-se com grande variedade de passas e figurações: parafuso, saca-rolha, balão, carrapeta, corta-capim etc. Dançado inicialmente ao ritmo de tango, havaneira, polca ou lundu, só nos fins do séc. XIX as casas editoras o consideraram um gênero musical, imprimindo as músicas com essa qualificação.
Primeira dança genuinamente brasileira, do ponto de vista musical resultou da fusão do tango e da havaneira pela rítmica, da polca pela andadura, com adaptação da síncopa afro-lusitana (
Mário de Andrade). Conhecido como a “dança proibida”, era dançado em locais mal-vistos pela sociedade como as gafieiras da época que eram freqüentadas também por homens da sociedade, em busca de diversão com mulheres de classes sociais menos favorecidas. Considerado imoral aos bons costumes da época, além da forma supostamente sensual como seus movimentos eram executados, o maxixe foi perseguido pela Igreja, pela polícia, pelos educadores e chefes de família.