domingo, 5 de junho de 2011

Folia-do-divino

A folia-do-divino (ou bandeira-do-divino) é um grupo de pessoas (ou bandos, ou ranchos) que percorrem as cidades e as zonas rurais, entoando cânticos de louvação e de peditório, carregando um estandarte com emblema religioso.

Angariam toda espécie de donativos para as festas do Divino Espírito Santo, realizadas dez dias após a quinta-feira da Ascensão. 

O folclorista Luís da Câmara Cascudo afirma que essas festas ainda existem nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás etc.

O bando se compõe apenas de homens, pertencentes a irmandades católicas que têm o Espírito Santo por patrono: um ou dois violeiros, encarregados dos cânticos, dois meninotes que tocam pandeiros e ferrinhos (triângulos), e às vezes um tocador de caixa; um porta-bandeira, que leva o estandarte em que está representado o patrono, chamado bandeireiro ou alferes-da-bandeira; um irmão encarregado da coleta de donativos, e um grupo de indivíduos que simplesmente integram o rancho.

Folia-de-reis

A folia-de-reis é um grupo coreográfico-musical de inspiração religiosa (católica), também conhecido por terno-de-reis ou santos-reis. Os componentes se auto- intitulam foliões, e o conjunto é chamado companhia, tripulação comitiva ou bandeira.
Informa Alceu Maynard Araújo: “A partir da noite de 24 de dezembro até 6 de janeiro ou 2 de fevereiro, os sítios e a cidade são percorridos por dois bandos de músicos que saem somente à noite, cantando e louvando o nascimento do Deus Menino e pedindo óbulos. Saem à noite, imitando os Reis Magos (...). O grupo destes representantes dos Reis Magos é chamado Folia-de-reis. A que percorre os sítio e fazendas, Folia-de-reis de caixa, e a que canta na cidade sem sair do rocio, é a Folia-de-reis de banda de música, ora chamada de Folia-de-reis de banda, ora de Folia-de-reis de música”.