quinta-feira, 14 de abril de 2011

Carimbó

O carimbó é uma dança brasileira de origem incerta, registrada na ilha de Marajó e arredores de Belém PA, em São Luís MA e nas zonas de lavradores e pescadores do salgado, Curuçá, Marapanim e Maracanã PA.

Parece mais ligada aos fandangos que a origens africanas, pois trata-se de dança de salão, durante os festejos natalinos. Talvez se assemelhe aos lundus primitivos.

Caranguejo

O caranguejo é uma das danças do fandango do Rio Grande do Sul e de São Paulo, também nome de uma roda infantil, freqüente pelo menos em Minas Gerais, São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Dança muito divulgada no Brasil e de grande penetração no século XIX, tendo sido mencionada no início daquele século pelo francês Freycinet, que a considerou imoral, pelas características então apresentadas.

A forma que observamos recentemente (1970), em Guarujá (litoral de SP), mostra-se interessante: apresenta duas fileiras que se defrontam, aproximam-se e recuam, lembrando a quadrilha, como acontece em algumas áreas gaúchas.

Caracaxá

Caracaxá é a denominação de dois instrumentos folclóricos de percussão: espécie de maracá, também chamado ganzá, canzá ou amelê (na Bahia); 2) reco-reco, conhecido na Bahia por ganzá ou canzá. 
Este pode apresentar-se, segundo Rossini Tavares de Lima, “sob a forma de um pedaço de bambu ou taquara com talhos transversais, caneco cilíndrico de lata com uma tira ondulada do mesmo material pregada na parte exterior ou uma cabaça comprida na qual se adapta um pedaço de madeira dentada”.

Executa-se raspando-o com uma vareta de madeira ou ferro; o mesmo que querequexé. Variante ortográfica: cracaxá. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira.

Cará

O cará é uma das danças do fandango do Rio Grande do Sul e é dança integrante do bambaquerê. Também é chamado de caré.
O bambaquerê por sua vez é um baile muito comum no Rio Grande do Sul, consistindo num grupo de danças executadas durante uma noite de folguedo.

É uma dança muito singular: homens e mulheres cantando e dançando em círculo, enquanto ao centro um par solista executa vários passos e figuras que culminam com uma umbigada.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira.

Capoeira

A capoeira é uma luta trazida ao Brasil pelos negros bantos (de Angola) e que no século XX se converteu em jogo coreográfico. Exige muito mais destreza e rapidez de reflexos do que força bruta, ocupando principalmente as pernas e os pés.
No século XIX, era o meio de defesa e ataque por excelência entre a população escrava ou pobre, chegando a causar preocupações à polícia carioca e baiana. 

Os capoeiras cariocas usavam como distintivo um anel na gravata e se dividiam em dois grupos, guaiamus e nagôs; os baianos preferiam uma argolinha de ouro na orelha esquerda.

Capelinha-de-melão

A capelinha-de-melão é um pequeno auto do Rio Grande do Norte, com cânticos pastoris e danças, realizado na noite de São João. 
Acompanhado por orquestra de violão, rabeca e clarineta solista (atualmente incluem-se sanfona e pandeiro), um grupo de moças, em número par, exibe-se num tablado ao ar livre, com roupas e sapatos brancos, tendo à cabeça uma capelinha de flores de melão-de-são-caetano, em torno de um diadema enfeitado com papel crespo. 

Capela

São João Batista
Capela é a denominação de grupos de foliões dos festejos populares de São João, em Pernambuco.
Ornamentados com “capelas de folhagens”, esses foliões marchavam em grupos, em busca do “milagroso banho”, do qual retornavam em animadas passeatas. Os cânticos entoados giravam sempre em torno do tradicional capelinha-de-melão.

Cantos de romeiros

Romeiros em Juazeiro do Norte - Ceará
Cantos de romeiros: gênero que tem várias fontes, principalmente os "benditos" e outros cantos religiosos que se foram popularizando com o uso.

Cantos de mesa

Cantos de mesa: costume de trinchar aves assadas e cortar outros alimentos ao som de cantigas.
Eram comuns em cerimônias rurais, como casamentos. As pessoas mais importantes ocupavam as cabeceiras da mesa, e o banquete começava. Após a sopa, um trinchador-poeta pegava um trinchante e ia cantando, à medida que cortava o assado.

Depois havia o cantar as saúdes, seja, brindes aos noivos e respectivas famílias, estendido depois a todos os convivas.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.