quinta-feira, 10 de março de 2011

Bambaê

O bambaê é uma dança ou batuque de caixas que existe (ou existiu) nos municípios da baixada ocidental maranhense, sobretudo São Bento e Cajapió.
Geralmente, um ou dois casais bailam no centro da roda ao som das percusões. Apresentam coreografias complexas com giros bruscos que exigem grande agilidade dos dançarinos. Os integrantes da roda dançam com passos variados e rápidos, os casais revezam, ora frente a frente, ora de costas.

A exemplo do que ocorre no tambor-de-crioula, no bambaê também há obrigatoriamente a umbigada ou punga.

Também chamada farra-de-caixa.

Fontes: Wikipedia; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Balão faceiro

O balão faceiro é uma das cantigas que eram intercaladas no sapateio do fandango no Rio Grande do Sul; foi comum em Santo Antônio da Patrulha e Rolante RS, cidades da encosta da serra do Mar.
Em Campos RJ é uma das danças que compõem o baile mana-chica. Uma das variantes nascidas do balão, dança popular em Portugal no século XIX.

O nome parece ligar-se ao tempo em que as mulheres usavam saia- balão (séculos XVIII—XIX). 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Balaio

O balaio é uma dança do fandango, popular no Rio Grande do Sul e procedente do Nordeste, provavelmente uma derivação da chula baiana ou do lundu pernambucano.

Canto e dança se processam simultaneamente: quando o violeiro canta “bota a costura no chão”, as damas giram e se abaixam, o ar enfunando-lhes a saia que toma a forma de um balaio.

Segundo o site "Brasil Sabor", na coreografia do balaio, as mulheres giram rapidamente sobre os calcanhares. Ao se abaixarem, as dançarinas fazem com que o vento se embolse nas saias, dando assim o aspecto de um balaio.

Segundo alguns estudiosos, é também uma das danças do bambaquerê.


Fontes: http://www.brasilsabor.com.br/por/roteiros/artigo/58; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Baio

Baio - Dança de conjunto com formação em círculo, por solista e coreografia variada. Todos os movimentos são rápidos e vivos, provocando deslocamentos ligeiros dos pés em volteios e sapateados complexos e elegantes.

O baio é uma dança do Estado do Piauí, semelhante ao antigo miudinho do Sul. Ao centro da roda formada pelos dançadores, os pares fazem piruetas, soltando-se dos braços uns dos outros, requebrando, fingindo que vão enlaçar-se novamente mas, quando chegam perto dos parceiros, tiram o corpo de maneira graciosa e cômica, provocando risos da assistência.

A dança é de ritmo vivo, semelhante ao da primitiva chula — o que exige dos dançadores rápidos movimentos dos pés, com sapateados difíceis e elegantes. Quando a dama lhe escapa dos braços, o cavalheiro entoa este versinho: “Ai, meu Deus, eu caço / Zefa na volta do braço”. As estrofes entoadas pelos cantadores são de desafio ou de cunho apaixonado.

Fontes: http://www.cnfcp.gov.br/tesauro/00001704.htm; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Baião

O baião, originalmente, no mundo rural, era “pequeno trecho musical executado pelas violas nos intervalos do canto no desafio”, compondo o chamado rojão, segundo o folclorista Câmara Cascudo. Surgiu como gênero de música popular urbana em 1946 com o sucesso da composição Baião, de Luiz Gonzaga com versos do advogado cearense Humberto Teixeira: “Eu vou mostrar pra vocês / Como se dança o balão..."

Baiano

O baiano, também chamado baião, é dança viva, assinalada na Bahia, Sergipe, Paraíba, Maranhão, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco — Estado onde mais se destaca.

No século XIX Sílvio Romero assim o descreveu: “O baiano é dança e música ao mesmo tempo. Os figurantes em uma toada certa têm a faculdade do improviso em que fazem maravilhas, e os tocadores de viola vão fazendo o mesmo, variando os tons. Dados muitos giros na sala, aquele par vai dar uma embigada noutro que se acha sentado e este surge a dançar. O movimento se anima e, passados alguns momentos, rompem as cantigas populares e começam os improvisos poéticos”.

Trata-se, portanto, de uma dança de pares solistas (um homem e uma mulher), com sapateados, palmas, umbigada, meneios e uso de castanholas ou de um castanholar de dedos que as substitua. Em outras descrições, a umbigada aparece substituída por uma mesura ou pelo estalar castanholado de dedos diante do sucessor escolhido.

Baianá


O baianá, também conhecido como grupo-das-baianas, é um conjunto de moças pobres da cidade que dançam em locais denominados “cercados” e “latadas”.

De provável origem baiana, esses grupos existem nas regiões açucareira e jangadeira do Nordeste (Alagoas, Rio Grande do Norte) e também em São Paulo e Minas Gerais. Nestes dois Estados, sua aparição é explicada pelos grandes fluxos migratórios nordestinos.

Nascido provavelmente de uma mistura do pastoril com outras danças populares, o baianá apresenta maior riqueza musical do que coreográfica: suas melodias são alegres e divertidas, com versos glosando fatos do momento. As figurantes dividem-se em dois partidos: o azul e o encarnado.

Bagre

O bagre é uma das danças de roda da marujada, em compasso binário simples, com características de quadrilha, típicas do estado do Pará, mais precisamente no município de Bragança, nas festas de São Benedito.

Segundo descrição de Armando Bordalo da Silva, seria uma espécie de quadrilha dançada em roda, com a participação de grande número de figurantes, dirigidos por um marcador, que dá ordens em francês deturpado. Formado inicialmente o círculo, ao comando de eia avante! os pares, de mãos dadas, dirigem-se até o centro e retornam à posição primitiva.

“Granché de dublê, grita o marcador, e os cavalheiros metem o braço direito no braço direito da dama e dão uma volta e enfiam o braço no braço da dama seguinte, até a terceira dama, quando o marcador avisa: já cheguei! Daí, em seguida, sempre comandando o granchê de dublê, prossegue o marcador, até alcançar o seu par e, igualmente, os demais participantes.