sexta-feira, 8 de julho de 2011

Lundu-do-marruá

O lundu-do-marruá é uma dança semelhante à cachucha e cujo título é, conforme registrou Sílvio Romero, corruptela de Lundu de Mon Roy, famoso no século XIX e do qual existe um manuscrito na Biblioteca de Lisboa, Portugal.

Disposto na posição de dançar a valsa, o par iniciava um lundu. A seguir, separavam as mãos, erguiam os braços em posição graciosa, tocando castanholas e continuando a dançar separados.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.


Lundu

O lundu praticado no século XVIII, em gravura de Rugendas - 1835
O lundu ou lundum é um ritmo musical e uma dança brasileira de natureza híbrida, criada a partir dos batuques dos escravos bantos trazidos ao Brasil de Angola e de ritmos portugueses.

Da África, o lundu herdou a base rítmica, uma certa malemolência e seu aspecto lascivo, evidenciado pela umbigada, os rebolados e outros gestos que imitam o ato sexual.

Da Europa, o lundu, que é considerado por muitos o primeiro ritmo afro-brasileiro, aproveitou características de danças ibéricas, como o estalar dos dedos, e a melodia e a harmonia, além do acompanhamento instrumental do bandolim (figura: o lundu praticado no século XVIII, em gravura de Rugendas).

O lundu aparece no Brasil no século XVIII como uma dança sem cantoria e de "natureza licenciosa", para os padrões da época. Nos finais do século XVIII, presente tanto no Brasil como em Portugal, o lundu evolui como uma forma de canção urbana, acompanhada de versos, na maior parte das vezes de cunho humorístico e lascivo, tornando-se uma popular dança de salão.

Loa


A loa é uma cantiga de remeiro, composta e executada especialmente pelos canoeiros do baixo São Francisco e lagoas do Norte e Manguaba, no Estado de Alagoas.

Toada de acento doce e melancólico, caracteriza-se por uma forma simples e natural, subordinada quase sempre ao compasso dos remos, onde as palavras entram singelamente, com efeito semelhante ao da barcarola veneziana.

As loas são cantos em louvor de datas ou santos católicos celebrados. A louvação às vezes é em versos improvisados. (Em sentido próprio, a loa é o mesmo que louvor.).

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Lapinha

A lapinha ainda se encontra conservada, particularmente no Nordeste do Brasil
A lapinha é denominação popular do pastoril (dança dramática ou folguedo), distinguindo-se deste pela representação de uma série de pequenos autos diante do presépio, sem interferência de cenas alheias aos episódios propriamente natalinos.

Apesar da grande popularidade que teve no Brasil, está hoje quase extinta, tendo sido substituída pelo pastoril, sem a religiosidade de outrora e com a inclusão de danças modernas e cantos estranhos ao auto. No Nordeste é nome dado ao presépio.

A lapinha

Enquanto o presépio representa uma das tradições natalinas, assim como a árvore-de-Natal, a lapinha (ou pastoril) ainda se encontra bem conservada, particularmente no Nordeste do Brasil.

Kerb


O kerb é um baile das zonas de colonização alemã no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Realizado em grandes salões (de residências ou especialmente construídos para esse fim), reúne os habitantes da redondeza, famílias inteiras das várias classes sócio-econômicas.

O salão é enfeitado com guirlandas, palmeiras, taquarinhas, coroas de flores, folhas e fitas; no centro, pendente do teto, uma coroa de folhagem com uma garrafa de bebida (vinho ou champanha), que vai sendo substituida à medida que é retirada pelos participantes do baile.

O Kerb dura dois ou três dias, sem interrupção, e as danças são bem variadas: xótis, rancheiras, Herr-Schmidt, valsas etc. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.