quarta-feira, 20 de julho de 2011

Marimbondo

O maribondo ou marimbondo é uma dança de cunho jocoso, com a participação exclusiva de adultos, encontrada em Goiás.

Uma roda é formada pelos participantes, tendo ao centro um dançarino com um pote de água na cabeça, a quem perguntam: “Negro, o que que tem?”. O solista responde “maribondo, sinhá”, esfregando as mãos no rosto e no corpo, como se estivesse espantando os insetos que o estão ferroando.

Faz isso dançando e pulando, sem derramar a água do pote. Quando cansa, escolhe alguém da roda para substitui-lo; se a pessoa não quiser dançar, deverá pagar uma multa em bebida.

Os instrumentos acompanhantes dessa dança são pandeiro, caixa e caracaxá (reco-reco). 

Maria-cachucha

Fanny Elssler
A maria-cachucha é uma dança espanhola, cantada e sapateada, que se difundiu nas cidades e vilas do Brasil desde a segunda década do século XIX.
De acordo com Manuel Querino, os pares iniciavam a dança enlaçados; em seguida, apertavam as mãos e continuavam dançando separados, tocando castanholas com os braços erguidos de maneira graciosa. Sua melodia, usada com versos de fácil memorização, transformou-se em acalanto. Também conhecida como cachucha.

De acordo com a Wikipedia, a maria-cachucha era uma dança sapateada espanhola de compasso ternário. Por extensão o mesmo nome era dado à música que acompanhava essa dança.

Originária de Cuba mas relacionada com o fandango, era dançada principalmente na região da Andaluzia. Era normalmente dançada a solo por uma mulher, acompanhada de castanholas. Começava num movimento lento, que ia acelerando, até terminar num vivo volteio.

Esta dança teve alguma popularidade em França, divulgada pela dançarina Fanny Elssler, que a dançou na Ópera de Paris. Em Portugal foi popular a cantiga Maria Cachucha no século XIX, uma adaptação da cachucha espanhola. A palavra "cachucha" significava originalmente barco pequeno, chalupa.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira; Wikipedia.

Marcha-rancho

João de Barro (Braguinha)
A marcha-rancho no início conhecida também como marcha de rancho, começou como música produzida por grupos de instrumentistas, predominantemente de sopro, das chamadas “orquestras” dos ranchos carnavalescos cariocas de fins da primeira década do século XX, com ritmo mais dolente que o das marchas comuns e maior desenvolvimento da parte melódica.

A partir de fins da década de 1920, passa a ser composta por autores profissionais com a indicação de marcha de rancho, figurando como mais antigo exemplo conhecido dessa feição musical a “marcha de rancho com coro” intitulada Moreninha, de Eduardo Souto, gravada em 1927 no disco Odeon n 123.208.

Após experiências ainda presas à concepção das marchas de rancho (que pretendiam reproduzir a melodiosa e calma ondulação dos desfiles dos ranchos carnavalescos), o novo estilo encontrou seu modelo em 1938, na composição de Noel Rosa e João de Barro As pastorinhas, passando a definir-se definitivamente como marcha-rancho.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Marchinhas carnavalescas


O samba, gênero musical que data bem antes de 1916, ano da gravação de Pelo telefone, de Donga, passou a ser sinônimo de Brasil. Mas na disputa entre os dois gêneros, o samba e a marchinha, durante bom tempo, ao menos na época do carnaval, o segundo reinou soberano nos salões de baile.

Por isso, contar a história das marchinhas é, de certa forma, narrar a história do Carnaval. Por baixo do pó-de-arroz, as marchinhas faziam sucesso desde os primeiros anos do século. Espécie de embrião das escolas de samba, os cordões de foliões agitavam as ruas do Rio de Janeiro. E nas  festas, eles cantavam e tocavam marchinhas.

Marcha

A marcha, também chamada de marchinha, por sugestão do tom alegre e brejeiro e o ritmo vivo com que é composta para os foliões dos blocos de rua ou cordões de salão, é música de compasso binário, com marcação acentuada do tempo forte, para facilitar as passadas dos carnavalescos, que realmente marcham ao acompanharem seu ritmo.

lnicialmente calmas e bucólicas, quando presas a sua raiz de canto e dança de cordões e ranchos folclóricos do ciclo de Natal, as marchas tiveram seu andamento acelerado a partir da segunda década do séc. XX, por influência da música comercial norte-americana da era das jazz-bands.

Como exemplo do primeiro tipo de marcha, figura a composição intitulada Ò abre alas, composta em 1899 por Chiquinha Gonzaga, considerada, em termos históricos, a primeira marcha feita especialmente pare o Carnaval; como exemplo do segundo estilo, as marchinhas carnavalescas do pianista e compositor José Francisco de Freitas, o popular Freitinhas, como Eu vi Lili e Zizinha, de 1926.

A marcha destinada expressamente ao Carnaval só começou a ser produzida com regularidade por compositores profissionais da era do disco a partir do sucesso das músicas Pé de anjo, de José Barbosa da Silva, o Sinhô, em 1920, e Ai amor, de Freire Júnior, em 1921.

Caracterizadas pelo andamento vivo e por letras sobre temas da atualidade, explorados de maneira maliciosa (por vezes com segundo sentido) ou irônica, as marchas carnavalescas passaram — pela leveza desse seu tom brejeiro — a ser chamadas a partir da década de 1930 mais comumente de marchinhas.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Marca

Marca são diversas posições dos pares de uma dança coletiva ou cada uma das seqüências de passos executados.

O termo foi usado em antigas danças coletivas de salão, como a quadrilha, os lanceiros etc. A palavra é encontrável também, com o mesmo sentido, em várias danças folclóricas, como as do fandango.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.