sábado, 2 de julho de 2011

Herr-Schmidt


O Herr-Schmidt ou erximite é uma dança de origem alemã, bastante difundida nos Kerbs, bailes das zonas de colonização alemã no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Inicialmente os pares dão saltos ou executam a marcação de tempo com um pé de cada vez. Depois, passam a girar de braço dado.

Essa coreografia apresenta semelhanças com a raspa mexicana e o pezinho gaúcho.



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Havaneira

Exemplo da dança "havaneira marcada" de um centro de tradições gaúchas.
A havaneira é uma dança de salão originada da "habanera" cubana e que esteve em voga em fins do século XIX e inícios do século XX, após o fastígio da polca, do xótis e da mazurca.

A havaneira foi um dos elementos formadores do maxixe, exerceu influência sobre o samba urbano brasileiro, e nos meios rurais gaúchos originou várias polquinhas para execução no acordeom.

Há ainda uma variante denominada “havaneira marcada”, encontrada em Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul. Abaixo um clip demonstrativo:



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Guzunga

O guzunga é um pequeno atabaque de percussão direta (manual), dotado de alça de couro para sustentação ao ombro do executante, com aproximadamente 20 cm de diâmetro e 30 cm de comprimento, usado no jongo de Cunha, SP.

O mesmo que biritador.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Gurufim

Enterro de Paulo da Portela, que teve o corpo velado num autêntico gurufim em 1949
O gurufim é provável dialectação de golfinho. Canto de velório negro registrado no morro do Papagaio, em São Paulo SP. A dinâmica do canto é dada pela enumeração sucessiva de nomes de peixes.

Um solista entoa: “Gurufim já não está aqui / Gurufim foi pro alto mar”; coro: “Foi pro alto mar”; solista: "Gurufim está com fome?”; resposta: “Gurufim não come.”; “Quem come então?”; resposta: “Quem come é tubarão”; Outro solista: “Tubarão não come!”; “Quem come então?". E assim sucessivamente.

Guerreiros

Guerreiros é uma dança dramática ou folguedo de Alagoas. Pode ser considerada versão local do bumba-meu-boi, pois apresenta peças e figuras semelhantes às de uma série de reisados. A isso foi agregado, na parte inicial, um episódio fundado numa tradição ibérica e em reminiscências ameríndias.

É um folguedo que parece ter nascido por volta de 1930. Ocorre na mesma época que os reisados e é divisível em oito partes distintas, não interligadas, cada uma com assunto completo. A maioria dos episódios tem apenas um personagem. É ele quem canta, alternando com o coro e com o mestre.

A primeira parte mistura reminiscências de lutas entre cristãos e mouros numa briga entre caboclos (índios) e guerreiros. As sete partes restantes apresentam os seguintes personagens, cantando e dançando: estrela-d’alva, borboleta, sereia, Mateus e capitão-do-campo (que lutam), Lira (que é assassinada pelos caboclos) e o boi — o mesmo do bumba-meu-boi, revivida aqui apenas a passagem de sua morte e ressurreição.

Luís da Câmara Cascudo refere-se ainda a personagens como rei, rainha dos guerreiros e rainha da nação, primeiro e segundo embaixadores, o índio Peri, dois palhaços, damas etc. Descreve também as vestimentas: chapéus imitando catedrais, coroas, tiaras com miçangas, fitas prateadas e outros enfeites. Diz esse autor que “a coreografia é pobre, e os instrumentos constavam apenas de sanfonas (uma para cada grupo) e vários pandeiros”. Segundo sua descrição, havia dois grupos de guerreiros.

Um folguedo dos guerreiros descrito por Artur Ramos apresenta outros personagens, como o rei dos caboclos, dois contraguias, governador, dançador de entremeio e os já descritos antes.