sexta-feira, 15 de julho de 2011

Maracá

O maracá é um instrumento folclórico de percussão, de origem ameríndia. Na sua forma original é um chocalho feito de uma cabaça cheia de seixos ou sementes, com um cabo de madeira.

Hoje, no seu feitio corrente, o corpo vibrante é composto por dois cones de latão soldados pelas bases, quando recebe também os nomes de xere (no xangô de Pernambuco) e de adjá (no candomblé da Bahia).

Com pequenas modificações na forma e material, ou dependendo da localização geográfica, é ainda chamado aguaím, caracaxá, ganzá, guaiá, granzal e outros. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora. 

Mar-abaixo

Mamãe, cadê o pandeiro/ o pandeiro o rato roeu/ Valei-me Nossa senhora/ O pandeiro não era meu
O mar-abaixo ou marabaixo é uma dança popular no Amapá, principalmente em Mazagão Velho (distrito de Mazagão), e levada a efeito em geral a partir do sábado de Aleluia, prolongando-se até o domingo do Espírito Santo.

Mais que um bailado específico, o mar-abaixo é um grande baile onde cabem vários tipos de danças, acompanhadas por dois tambores, solo e coro. Dele participam homens, mulheres e crianças. Os homens vestem camisas com bordados, calças brancas, chapéu de palha enfeitado de flores e fitas, enquanto a indumentária feminina consiste em camisolas de renda, saia de chita estampada e anáguas.

Durante os festejos, são abundantemente distribuídas bebidas alcoólicas, em especial a mucura, mistura de aguardente com ovo batido, limão e açúcar. Dada a improvisação dos figurantes, a coreografia é arbitrária. Ora os dançarinos formam filas, abraçados uns aos outros, ora se separam e organizam filas três a três ou permanecem isolados frente a frente, dançando ao som da música em compasso binário. Os passos variam conforme os toques das caixas.

Mantiquira

A mantiquira é uma dança do fandango rufado de São Paulo. Quando cessa o canto do violeiro, os cavalheiros, num gesto cortês, pegam da mão da dama que se acha à sua retaguarda e, depois, na da que está à sua frente.

Fazem uma cortesia ao novo par e passam para sua frente, sapateando e batendo palmas. O violeiro canta nova quadra e o estribilho, e assim a dança prossegue, alternando-se canto e sapateio.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Manjericão

O manjericão é uma dança do fandango valsado de São Paulo. Enlaçados, os pares dão um passo para frente e outro para trás, depois viram, sempre num passo balanceado que lembra um puladinho de lado.

Enquanto cantam o estribilho, os pares dão-se as mãos e fazem uma volta em torno do salão.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora.

Mangonguê

O mangonguê é um atabaque muito usado no samba de negros de engenho no tempo da escravatura, no vale açucareiro do Ceará-Mirim (Rio Grande do Norte).

Medindo aproximadamente um metro, é percutido com os dedos unidos de ambas as mãos, alternadamente, ficando preso entre as pernas do tocador que, ao seu ritmo, dá pulos e balançados. Também chamado magonguê, reaparece às vezes no bambelô das praias nordestinas. 

Luís da Câmara Cascudo recolheu as seguintes designações para o atabaque:

“Os de maior tipo, dois metros a um metro e meio, são ingono, engoma, ingomba, ngomba, angoma, angomba-do-congo, correspondendo ao rum baiano; zambê, menor, mais estreito, valendo o rumpi; gonguê, mangonguê, perenga (Goiás, Mato Grosso) é o mesmo surdo ou chama pequenino, percutido com a mão, trazendo-o o tocador amarrado ao cinto. É o menor tambor da família, o ritmador por excelência, de sonoridade seca, persistente, atravessando a massa de todo o batuque. É ainda de dimensões mais reduzidas que o lê.

Aos mangonguês, na cidade de Natal RN, dizem sempre o chama, do verbo “chamar”, porque rara pessoa desatende ao convite do seu ritmo, deixando de entrar no folguedo.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora. 

Maneiro-pau

O maneiro-pau é um bailado de roda existente no Ceará e dançado exclusivamente por homens.

A principal característica da dança, que tem semelhanças musicais com a capoeira, é o uso de pequenos bastões entrechocados pelos participantes para acentuarem a nota dominante do canto, que lembra o baiano.

O cantor-solista atua sem instrumental, incentivando o jogo e fazendo nascer um coro formado pelos assistentes, que gritam “Maneiro pau, maneiro pau!”.

Segundo o site  Danças do Brasil é "dança oriunda do cangaço, possivelmente da região caririense, mas hoje tomando parte de todas as programações festivas do interior do Ceará. Todos os participantes cantam sob o refrão que dá o nome ao folguedo – maneiro-pau!

Dançam todos em roda, com os cacetes que portam, batem-nos fortemente no chão, de forma ritmada. De quando em vez, enquanto uns depõem os cacetes no chão, outros usam-nos para duelarem entre si, fazendo-o cadenciadamente."

Fonte: Danças do Brasil; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Mandado

O mandado é uma dança e também marca final do fandango de São Paulo. Um dos dançadores, em dado momento, se destaca dos demais e manda que estes executem determinados passos ou movimentos.

Também conhecida como mandadinho, essa dança tem muito da quadrilha. No Rio Grande do Sul é citado como um dos floreios de sapateado do antigo fandango.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Mana-joana

A mana-joana é uma dança da região de Campos, Rio de Janeiro, semelhante à mana-chica, com a diferença de que os homens usam chapéu, tirando-o em cortesia diante das damas, a cada figura que executam.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Malembe

O malembe é um cântico rogatório de misericórdia, entoado no candomblé de origem banto.

Era reservado para situações difíceis ou perigosas, individuais ou coletivas, e destinava-se a abrandar o coração dos orixás.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Macumba

Cena de Macumba - 1955 (Antonio Gomide)
A macumba é um culto fetichista afro-brasileiro com ritual baseado no canto e na dança. A designação é do Rio de Janeiro. A finalidade do culto está na propiciação e invocação de divindades (orixás ou santos), manifestadas através dos iniciados, na maioria mulheres.

Os pontos são cantos especiais entoados para chamar e saudar as entidades sobrenaturais, que se apossam dos iniciados durante a cerimônia. A música e a dança são os principais fatores dos fenômenos de possessão verificados no culto.

Mário de Andrade fornece detalhada explicação sobre como atua a música de macumba: 

Macumba (2)

Macumba é um instrumento folclórico de percussão de origem africana, de princípio idêntico ao do reco-reco.

Melo Morais Filho assinalou-o em 1748, durante a coroação de um rei negro no Rio de Janeiro, referindo-se ao “som de rapa das macumbas em grande número”.

Como é freqüente, no Brasil, dança e instrumento acompanhador terem o mesmo nome, é possivel que no culto religioso homônimo se tenha utilizado do instrumento, daí nascendo seu nome. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.



Maculelê


O maculelê, segundo Alceu Maynard Araújo, é uma “dança guerreira, praticada por negros baianos, jogo de bastões num ritmo vivaz marcado pelos tambores e agogô. O canto é individual e intercalado pelo coro, onde se destacam as vozes infantis. Só homens participam dessa dança de agilidade e destreza. No centro dança sempre o melhor do grupo, escolhendo o parceiro com o qual vai esgrimir”. 

Existe em Salvador e Santo Amaro BA.

Os bastões usados pelos dançarinos recebem o nome de esgrimas ou grimas. Os figurantes vestem-se de branco e aumentam o tamanho da boca, pintando de vermelho os lábios.

O maculelê é remanescente do cucumbi, e hoje tem vida própria. O emprego de bastões torna-o aparentado a outras danças, como o moçambique de São Paulo, o bate-pau de Mato Grosso, o vilão de Santa Catarina, o tum-dum-dum do Pará, o chico-do-porrete do Rio Grande do Sul.

Machete

O machete é um instrumento folclórico cordofone que soa por dedilhado, maior que o cavaquinho e menor que a viola, embora tenha também, como esta, dez cordas simples ou, mais exatamente, cinco duplas.

Muito usado no cururu rural em São Paulo, é também conhecido por machetinho, machim, machinho, mochinho.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.