A marcha, também chamada de marchinha, por sugestão do tom alegre e brejeiro e o ritmo vivo com que é composta para os foliões dos blocos de rua ou cordões de salão, é música de compasso binário, com marcação acentuada do tempo forte, para facilitar as passadas dos carnavalescos, que realmente marcham ao acompanharem seu ritmo.
lnicialmente calmas e bucólicas, quando presas a sua raiz de canto e dança de cordões e ranchos folclóricos do ciclo de Natal, as marchas tiveram seu andamento acelerado a partir da segunda década do séc. XX, por influência da música comercial norte-americana da era das jazz-bands.
Como exemplo do primeiro tipo de marcha, figura a composição intitulada Ò abre alas, composta em 1899 por Chiquinha Gonzaga, considerada, em termos históricos, a primeira marcha feita especialmente pare o Carnaval; como exemplo do segundo estilo, as marchinhas carnavalescas do pianista e compositor José Francisco de Freitas, o popular Freitinhas, como Eu vi Lili e Zizinha, de 1926.
A marcha destinada expressamente ao Carnaval só começou a ser produzida com regularidade por compositores profissionais da era do disco a partir do sucesso das músicas Pé de anjo, de José Barbosa da Silva, o Sinhô, em 1920, e Ai amor, de Freire Júnior, em 1921.
Caracterizadas pelo andamento vivo e por letras sobre temas da atualidade, explorados de maneira maliciosa (por vezes com segundo sentido) ou irônica, as marchas carnavalescas passaram — pela leveza desse seu tom brejeiro — a ser chamadas a partir da década de 1930 mais comumente de marchinhas.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
Compasso binário, ou quaternário?
ResponderExcluirMarcha é compasso binário ou quaternário?
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