terça-feira, 31 de maio de 2011

Danças das corporações de ofícios

As danças das corporações de ofícios são manifestações de regozijo público, no período colonial, obrigatoriamente incluídas nos festejos por acontecimento importante na vida da casa real e quando das festas religiosas.

De origem portuguesa, eram danças acompanhadas por música exuberante, criadas e executadas pelas corporações de ofícios. Havia uma dança típica de cada ofício — a dos alfaiates, dos carpinteiros, dos pedreiros, dos ferreiros, dos sapateiros, dos entalhadores, dos ourives, dos armeiros, dos músicos etc. — e cada corporação desfilava com trajes característicos, sempre precedida por seu estandarte ou bandeira.

Além da sua dança própria, as corporações podiam criar danças e músicas especiais para determinadas festividades, como contribuição espontânea ou por solicitação das autoridades competentes.

Em São Paulo, na dança das quitandeiras e padeiras que saiam nas procissões de Corpus Christi, por volta de 1743, era importante a figura da péla, bailarina conduzida no ombro de outra, ambas executando as mesmas cadências coreográficas.

As danças das corporações de ofícios transformaram-se com o correr doas anos, desvincuando-se da primitiva interpretação rígida, secular — imposta pelas organizações, que condicionavam o assunto, os detalhes coreográficos e a música — e sobreviveram por seu caráter recreativo, já sem ligação com o passado.

Fonte; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

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