As danças das corporações de ofícios são manifestações de regozijo público, no período colonial, obrigatoriamente incluídas nos festejos por acontecimento importante na vida da casa real e quando das festas religiosas.
De origem portuguesa, eram danças acompanhadas por música exuberante, criadas e executadas pelas corporações de ofícios. Havia uma dança típica de cada ofício — a dos alfaiates, dos carpinteiros, dos pedreiros, dos ferreiros, dos sapateiros, dos entalhadores, dos ourives, dos armeiros, dos músicos etc. — e cada corporação desfilava com trajes característicos, sempre precedida por seu estandarte ou bandeira.
Além da sua dança própria, as corporações podiam criar danças e músicas especiais para determinadas festividades, como contribuição espontânea ou por solicitação das autoridades competentes.
Em São Paulo, na dança das quitandeiras e padeiras que saiam nas procissões de Corpus Christi, por volta de 1743, era importante a figura da péla, bailarina conduzida no ombro de outra, ambas executando as mesmas cadências coreográficas.
As danças das corporações de ofícios transformaram-se com o correr doas anos, desvincuando-se da primitiva interpretação rígida, secular — imposta pelas organizações, que condicionavam o assunto, os detalhes coreográficos e a música — e sobreviveram por seu caráter recreativo, já sem ligação com o passado.
Fonte; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
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